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JustADummy

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  2. Hmm.... Características das bruxas: Arrastadas de suas casas sem saber ao certo do que estavam sendo acusadas, as bruxas eram despidas e submetidas a um criterioso exame em busca das marcas de Satanás. Sardas, verrugas, um mamilo grande, olhos dissemelhantes ou azuis pálidos eram considerados sinais seguros de que a mulher, principal vítima da perseguição, travara contacto com as forças do mal. Informada sobre as suspeitas que pesavam sobre ela, a mulher que resistisse às lágrimas ou murmurasse olhando para baixo, seguramente era uma seguidora dos espíritos malignos. por meio de tortura obtinham-se as confissões. Os réus eram ainda submetidos às provas ordálicas; nestas, qualquer mancha escura na pele do acusado serviria como prova do pacto com o Maligno. A insensibilidade à dor em qualquer parte do corpo também era indício de feitiçaria; ademais, amarravam-se os suspeitos em cruz sobre madeiras, e os atiravam no rio. Se o acusado não afundasse, estava aí a prova de que o Diabo o protegia, razão pela qual era entregue à fogueira; caso se afogasse, estaria antecipada a justiça divina. Escaldadas em água com cal, suspensas pelos polegares com pesos nos tornozelos, sentadas com os pés sobre brasas ou resistindo ao peso das pedras colocadas sobre suas pernas, as rés não tardavam a gritar aos seus inquisidores que ´sim, era verdade`, elas sacrificavam animais e criancinhas, evocavam demônios nas noites de lua cheia, e usavam ervas e feitiços para matar e trazer infelicidade aos inimigos. Convencidos pelos argumentos do Malleus malificarum - manual encomendado pelo Papa Inocêncio VIII aos monges dominicanos Heinrich Kraemer e Jacob Sprenger e publicado em 1486 -, o tal Martelo das Bruxas, que dizia "quando uma mulher pensa sozinha, ela pensa maldades", os torturadores respiravam aliviados com a confissão que finalmente poderia reconduzir àquela alma aos braços da cristandade, mesmo que fosse através da queima final de todos os seus pecados nas fogueiras sulfurosas - o enxofre impedia a morte por asfixia, o que abreviaria o sofrimento necessário para purificar seu espírito. Nunca terá lhes ocorrido que sobrenatural seria resistir a tudo isso se negando a concordar com qualquer coisa que lhe dissessem? Provavelmente não, caso contrário o inquisidor Nicholas Remy não declararia atônito a sua surpresa com o fato de "tantas bruxas terem desejo positivo de morte". no final do século XVIII, milhares de pessoas, 80% mulheres, foram acusadas, investigadas e punidas com base em denúncias da vizinhança - "a acusação de feitiçaria foi usada em muitas épocas, em muitas sociedades como uma forma de perseguição a inimigos"-, que podia lançar sobre qualquer pessoa de hábitos incomuns (raparigas muito bonitas e solteiras, anciãs que dividiam o lar apenas com animais, ou mães de filhos deficientes, por exemplo) a culpa pela doença do filho, a falta de leite da vaca, ou a ausência de desejo do marido. As chances de escapar sem sofrer qualquer punição eram praticamente nulas, não estavam livres nem os que se negavam terminantemente a acreditar na existência da bruxaria, pois, de acordo com o Martelo das Bruxas, essa era a maior heresia. Os hereges sofreram demais nas mãos do clero católico, mas também houve durante a inquisição uma caça cruel àquelas pessoas que a igreja classificava como “bruxas”. Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Malefico das Bruxas) escrito por dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger. O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados. Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos "caçadores de bruxas" como uma forma de legitimar suas práticas. O "Malleus", código atroz contra as artes negras de magia, mais do que a bula papal, peremptoriamente abriu as portas para o rolo compressor da santa histeria em que se transformou a Inquisição. Sua intenção era pôr em prática a ordem do Êxodo, 22;18: "A feiticeira, não a deixarás com vida". As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. Sorrir era proibido! A jovem que é boa sofre sempre e é tristonha; a bruxa ou feiticeira que é má está sempre dando gargalhadas. Trabalhavam com ervas, com a natureza, curavam doenças através do uso das ervas, de plantas, faziam adoração a seus Deuses, cultuavam a Mãe Terra, as colheitas, enfim, isso era ser bruxo, e é ainda hoje, e não pessoas que fazem uma sopa com sapos e asas de morcego, não são pessoas que matam animais ou humanos em seus rituais, nada disso. Em meio às divergências semânticas, muitos acreditam que a Igreja, em sua obstinada caça às bruxas, tenha julgado conveniente escolher um nome da tradição judaica, especificamente aquele que denota o período de oração que se inicia ao pôr do sol das sextas-feiras, para nomear o conclave das feiticeiras. Agindo assim, transformaria judeus, bruxas e demais hereges, em inimigos comuns da fé cristã, em gatos de um mesmo saco. Além disso, no início das perseguições, na época das primeiras inquicisões denominava-se "sinagoga" o local escondido nas florestas destinado à reunião das bruxas. A Igreja, já no ano de 360, no sínodo de Elvira, admitia a existência dos poderes mágicos (reconhecia a mágica como um fato), que seriam decorrentes de pactos com o Maligno, e negava a comunhão, mesmo à hora da morte, para os que caíssem em tal tentação. Até o século XI, a Santa Sé diferenciava os seres maléficos, devotados aos sortilégios, aos encantamentos por bonecos de cera, aos filtros e maus-olhados, das strigae, Malignos femininos que sob a forma de pássaro se alimentavam de recém-nascidos. Strega, bruxa em italiano, deriva-se daí, e em português temos igualmente o termo estrige; ambos oriundos da raiz latina strix, que significa coruja, pássaro noturno ou qualquer outra ave de rapina. Um século antes, o monge Regino de Prün dizia que voar à noite com a deusa Diana não podia ser algo real, senão mera ilusão provocada pelo Maligno. Com o terror espalhado, o fantasioso distorcia a realidade. Mulheres histéricas, convencidas de sua culpa, muitas vezes aceitavam resignadas sua condenação à fogueira. Há casos de senhoras maiores de 80 anos confessando em detalhes como haviam sido violentadas pelo Maligno. Sobre o rito do sabá das feiticeiras, concluíram os Tribunais: uma bruxa servia sempre de altar. A seu lado, uma figura de madeira, com chifres, representava o bode, ou Satanás. As estriges chegavam "voando" sobre suas vassouras, isto é, com o falo em suas mãos e por entre as pernas. Havia um banquete, durante o qual corria uma poção mágica, sempre uma beberagem excitante, a qual predispunha os participantes ao sexo sem critério. Era feita então a oferenda ao Diabo, geralmente alimento e bebida; apresentava-se a hóstia negra; consagrava-se o último morto e o último nascido na comunidade, já que à Terra voltam os que dela nascem; invocava-se o raio; e por fim dilacerava-se um animal em sacrifício ao Maligno. As Mulheres Penitentes Eram Ameaçadas Com a Inquisição se Não Fizessem Sexo Com o Sacerdote No artigo N1675 (não traduzido), revelamos que os padres ameaçavam suas penitentes no confessionário que, a menos que fizessem sexo com eles, seriam entregues à Inquisição! Tão efetiva era essa ameaça que um sacerdote agonizante revelou em 1710 que "por essas persuasões diabólicas elas estavam ao nosso comando, sem medo de revelar o segredo." (pg 36, Master-Key to Popery, Padre Givens] Portanto, se um sacerdote ameaçasse uma mulher dizendo que ele iria mentir sobre ela aos oficiais da "Santa" Inquisição, ela sabia o tipo de tortura e morte que a esperava. O sacerdote poderia provavelmente delatar a mulher aos inquisidores como bruxa. Como você verá em instantes, os inquisidores tratavam as mulheres acusadas de bruxaria com especial deleite, júbilo e atenção. As Mulheres Sentiam Um Medo Especial da Inquisição Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ficava na iminência de sofrer uma tortura muito especial por parte do clero sedento de sexo. Como você descobrirá ao ler o "Malleus Maleficarium", o manual operacional da Inquisição, as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas. Se uma mulher fosse meramente lançada de um lugar alto, como vemos aqui, podia chamar a si mesma de sortuda por ter uma morte relativamente rápida e com pouca dor. Como demonstraremos, um espírito demoníaco de obsessão de desvio sexual e luxúria soprou em toda a Inquisição depois da publicação do "Malleus Maleficarium"; em 5 de dezembro de 1484, o papa Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu esse documento como o padrão pelo qual a Inquisição deveria ser conduzida. O celibato clerical já estava em vigor há 361 anos, tempo bastante para tornar os sacerdotes em verdadeiros desviados sexuais. Essa obsessão sexual rapidamente cresceu ao ponto em que uma mulher vivia com medo de que um dia, a partir do nada, pudesse ser acusada por alguém de ser uma bruxa; visto que a acusação era equivalente à culpa, aquela mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes celibatários e com desvio sexual. Essa declaração é fato histórico, e provaremos isso, por meio do documento oficial da "Santa" Inquisição católica romana, o "Malleus Maleficarium". Decidimos não inserir a maioria das gravuras que temos retratando mulheres desse período histórico sofrendo abuso sexual e sendo humilhadas durante a Inquisição, simplesmente por que não desejamos mostrar partes sexuais neste site; entretanto, esta gravura demonstra o fato que as mulheres sofriam abuso sexual durante a Inquisição, sem ser tão visualmente obscena. Aqui, vemos uma mulher condenada, acusada de bruxaria, despida e sendo forçada a engatinhar, diante dos olhares lascivos da multidão, para uma gaiola onde ela será colocada e depois pendurada para todos verem. Os padres acreditavam que uma bruxa perdia seus poderes quando era suspensa do chão; portanto, quando os soldados da Inquisição prendiam uma mulher acusada de bruxaria, podiam puxá-la fisicamente do chão e carregá-la à masmorra de confinamento. Essa gravura transmite a essência dessa crença ridícula. Um dos mais hediondos de todos os instrumentos de tortura utilizados contra as mulheres na Inquisição eram os "fura-bruxas", mostrados em seguida. Como você pode ver, esses instrumentos são na verdade facas. O "Malleus Maleficarium" declarava que as bruxas têm uma "marca do Diabo" em algum lugar em seu corpo. Isso exigia que o sacerdote investigador fizesse ele mesmo uma inspeção minuciosa no corpo nu da pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de homens que agiam como voyeurs, mas ostensivelmente eram forçados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu ofício religioso! "Para aumentar o número de toques [perfurações], foi inventada a noção sutil de que a marca do Diabo deixava um ponto insensível à dor, discernível apenas por um inspetor perito com uma ponta afiada [uma dessas facas]. Assim, surgiu uma guilda de 'perfuradores de bruxas', que eram remunerados apenas quando descobriam uma bruxa, o que por sua vez levou à 'prova cabal' do sistema de usar uma ponta retrátil auxiliar. O 'perfurador' oficial, tendo dolorosa e visivelmente retirado sangue de vários pontos da vítima nua, penetrava o perfurador substituto [a faca] ao máximo, surpreendendo a multidão, e assegurando seus honorários pela bruxa entregue para julgamento." [Thomkins, pg 391] Em outras palavras, essa faca retrátil não penetrava na carne quando era pressionada com força, mas retraía para dentro do cabo. No entanto, a multidão não sabia disso, e acreditaria que a razão por que a mulher não gritava, e por que não jorrava sangue ao ser perfurada, era por que ela era uma bruxa. Esses "fura-bruxas" procuravam também outras "marcas do Diabo" no corpo da mulher. "Segundo a Igreja, em algum lugar no corpo da bruxa, o Diabo deixava sua marca, a mais óbvia das quais era um mamilo supranumerário - 'sinal seguro' de dedicação à deusa Diana, de muitos seios, a rainha das bruxas. E, enquanto a profissão médica moderna estima que três de cada cem mulheres tenham tais vestígios, as chances de 'encontrar' uma bruxa eram consideráveis. (Nota: O Novo Dicionário Aurélio define "supranumerário" como "que excede o número estabelecido"; portanto, uma mulher com um mamilo a mais tem um "mamilo supranumerário") Certamente, os sacerdotes celibatários e "castos" estariam muito interessados em examinar cem mulheres para encontrar três que tivessem um "mamilo supranumerário"! No entanto, os "fura-bruxas" penetravam cada uma dessas "marcas do Diabo" com um desses "perfuradores", essas repugnantes facas de exame. Visto que o episódio inteiro era conduzido por um sacerdote celibatário e "casto", eles ficavam excitados sexualmente ao examinar as mulheres dessa maneira. Assim, você pode compreender a próxima revelação de Thomkins. "... havia aquela depravada compulsão, descrita por Wilhelm Reich como a 'praga emocional', em que indivíduos sexualmente não-funcionais, incapazes de sentir prazer na prática natural do sexo, começam a aliviar sua sexualidade reprimida cortando, dilacerando e queimando a própria carne que não podem nem beijar, nem acariciar, nem inflamar com prazer." [ibidem] Assim, o celibato - a "doutrina de demônios" - invadiu e tomou posse de uma parte enorme da "Santa" Inquisição. Para Satanás, foi fácil invadir a Igreja Católica poderosamente, pois já a tinha movido para a prática da feitiçaria desde o ano 321, quando o imperador Constantino afirmou seu comando sobre a igreja. Quando finalmente esse período da Inquisição começou, a Igreja já estava separada da videira verdadeira - Jesus Cristo - há mais de 800 anos. Portanto, a madeira estava muito seca, suscetível ao fogo do Inferno que Satanás soprou, usando a Inquisição. Um praticante de Magia Negra pode confirmar para você que o espírito do demônio sexual, Larz, e suas hordas demoníacas, virtualmente tomaram posse da Inquisição com sua luxúria e suas obsessões sexuais, uma conquista que foi extremamente fácil devido à imposição do celibato. Os sacerdotes católicos tornaram-se assassinos, estupradores e voyeurs. Um número estimado de 75 milhões de pessoas pagou o preço final, enquanto milhões de outras foram intimidadas, torturadas, e forçadas a manter relações sexuais pelos sacerdotes que manejavam essa arma terrível contra as mulheres que queriam levar para a cama! Como diretrizes para a monstruosa perseguição que seria iniciada, os dois monges escreveram O Martelo das Feiticeiras, que entrava nos detalhes mais explícitos possíveis para capacitar os inquisidores a forçar confissões de uma pessoa torturada. Este livro chocante foi durante quatrocentos anos o manual padrão para a caça e extermínio das bruxas. O Martelo das Feiticeiras (Malleus Maleficarum) Manual Operacional da Inquisição essa perversão sexual está centrada em mulheres feiticeiras e em suas supostas relações sexuais com demônios. O Martelo das Feiticeiras é um documento muito esclarecedor, pois demonstra o novo e súbito terror que esteve diante de todas as mulheres que viveram durante o período da Grande Inquisição. Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ela poderia ser submetida à tortura de um modo muito especial, como detalharemos em seguida. Você descobrirá o quão eficiente poderia ser uma ameaça de um sacerdote, de mentir para a Inquisição se uma mulher se recusasse a ter sexo com ele; a maneira mais eficiente em que o sacerdote poderia mentir para os oficiais da Inquisição seria declarar que ele tinha descoberto, por meio da confissão da mulher, que ela era uma feiticeira. Como a acusação era igual à culpa, essa mulher seria submetida aos tipos de tortura descritos em seguida. Sumário Primeira Parte - Trata das três condições necessárias para a bruxaria: O diabo, a bruxa e a permissão do Deus Todo-Poderoso. Segunda Parte - Trata dos métodos pelos quais se inflingem os malefícios e de que modo podem ser curados. Terceira Parte - Trata das medidas judiciais no Tribunal Eclesiástico e no Civil a serem tomadas contra as bruxas e também contra todos os hereges "... As bruxas depravam-se através do pecado, logo, a causa de sua depravação não há de residir no diabo e sim na vontade humana... os atos das bruxas são de natureza tal que não podem ser realizados sem o auxílio de demônios... Bruxas são assim chamadas por causa da atrocidade de seus malefícios; perturbam os elementos e confundem a mente dos homens sem se utilizarem de qualquer poção venenosa, apenas pela força de seus encantamentos - a destruir almas e a provocar toda sorte de efeitos que não podem ser causados pela influência dos corpos celestes com a mera intermediação de um homem. [pg 96] ... Parece assim que a vontade maligna do diabo é a causa da vontade maligna no homem, e especialmente, nas bruxas." "cometem assassinatos, praticam a fornicação e fazem o sacrifício de crianças e de animais - sendo chamadas bruxas pela natureza maligna de seus atos." Assim, as mulheres foram mais visadas durante essa era da Inquisição! Uma vez que os líderes católicos desenvolveram uma obsessão pela questão de demônios copularem com mulheres, o que estava vedado para eles próprios, a obsessão parece ter se estabelecido. O primeiro fator mencionado é que as mulheres estão mais dispostas à superstição do que os homens! Os autores então declaram que a primeira razão por que as mulheres estão mais propensas à superstição está no fato de serem mais "crédulas" e de "coração leviano" do que os homens: "A segunda razão é que as mulheres são, por natureza, mais impressionáveis e mais propensas a receberem a influência do espírito descorporificado; e quando se utilizam com correção dessa qualidade tornam-se virtuosíssimas, mas quando a utilizam para o mal tornam-se absolutamente malignas. A terceira razão é que, possuidoras de língua traiçoeira, não se abstêm de contar às suas amigas tudo o que aprendem através das artes do mal; e, por serem fracas, encontram modo fácil e secreto de se justificarem através da bruxaria." "Queria assim dizer que a mulher, embora seja bela aos nossos olhos, deprava o nosso tato e é fatal ao nosso convívio." [pg 120] "Concordamos com o que diz Cato de Útica: 'Se pudéssemos livrar o mundo das mulheres não ficaríamos afastados de Deus durante o coito. Por que, verdadeiramente, sem a perversidade das mulheres, para não falar da bruxaria, o mundo ainda permaneceria à prova de inumeráveis perigos.' " A mania da caça às bruxas que convulsionou a Europa Ocidental durante os séculos XV, XVI e XVII pode não ter revelado a existência de demônios sobrenaturais, mas deu efetivamente origem a uma extraordinária quantidade de monstros humanos: os caçadores de bruxas, uma irmandade patologicamente obcecada pela justiça que se devotou a descobrir suspeitas servas do Diabo. A bíblia destes macabros justiceiros era o infame “Malleus Maleficarum” (Martelo de Bruxa), um livro escrito por dois fanáticos sacerdotes dominicanos e publicado em 1486. Para os autores da obra, nenhum estratagema era demasiado ínvio, nenhuma tortura demasiado desumana para ser usada a fim obter confissões. Qualquer atitude quer de cepticismo, quer de moderação, era rejeitada. “Não acreditar em bruxaria”, assim rezava o lema do livro, “é a maior das heresias”. Um dos mais famosos discípulos do “Malleus Maleficarum” foi o advogado filosofo francês Jean Bodin (1529 – 1596). Possivelmente o primeiro a formular uma definição “legal” de bruxa – “bruxa é alguém que, conhecendo as leis de Deus, tenta realizar algum ato com o acordo do Diabo” -, Bodin era odiosamente eficiente na sua acusação de bruxas suspeitas. Torturava pessoalmente crianças e inválidos com o objetivo de extrair confissões e proclamava que a morte pelo fogo das bruxas condenadas era demasiado rápida, não excedia meia hora. Em 1580, quase fim de sua vida, Bodin escreveu o seu próprio livro, “Demonomania”. Mais severo e mais insidiosamente circunstancial que o próprio “Malleus Maleficarum”, foi bem recebido e largamente lido. Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso chamadas Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice. As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as Bruxas Tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte da Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares. Diziam que as bruxas voavam em vassouras a noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más. As bruxas são geralmente retratadas como uma mulher velha e acabada, cheia de rugas e de nariz aquilino, exímias manipuladoras da Magia Negra. Uma das imagens mais famosas das bruxas é aquela em a dita se encontra sentada numa vassoura voadora. Foi então proclamada, em 1484, a Bula contra os Bruxos, pelo Papa Inocêncio VIII. Neste documento, ele relacionava os crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do 'crime de feitiçaria'. Em 1486 foi publicado o Malleus Malleficarum ('Martelo dos Feiticeiros'), escrito pelos dominicanos Kramer e Sprenger. mulheres lindas e causadoras dos desejos dos homens, assim como mulheres velhas e/ou solitárias que desepertavam os receios das pessoas. considerava-se que uma bruxa apenas tinha poder porque fizera um pacto com o Demónio, e ao faze-lo, tivera relações sexuais com o Diabo. A Inquisição tornou-se uma válvula de escape para as neuroses da época, especialmente numa época de forte repressão sexual e em que uma mulher bonita ou desejável era considerada um instrumento do demónio por ser uma fonte de tentação para os homens. Condenavam-se por isso mulheres jovens, que eram despidas em frente a um grupo de 'investigadores'. Tinham todo seu corpo revistado diversas vezes, à procura de uma suposta 'marca do diabo', e, por fim, eram açoitadas, marcadas a ferro e violentadas sexualmente. Terminavam sempre condenadas e executadas como bruxas. Seu crime: serem mulheres jovens, belas e invejadas. Por isso, o mito da mulher velha e feia como bruxa não é historicamente correcto, muito ao contrário, porquanto os alvos preferidos das acusações da Inquisição eram precisamente mulheres lindas. Mas também as anciãs que moravam sozinhas, geralmente em companhia de alguns animais, como gatos (daí a lenda da ligação dos gatos com as bruxas), e que fosse por algum motivo alvo de desconfiança de uma comunidade, seriam logo declaradas 'feiticeiras', e, assim, assassinadas. Assim as bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Para identificar uma bruxa, entre outros metodos de tortura, os inquisidores comparavam o peso de uma mulher ao peso de uma Bíblia gigante, as que eram mais leves eram consideradas bruxas pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Também com esse mesmo argumento, as supostas bruxas eram amarradas e uma pedra e atiradas a um rio ou ao mar. Se conseguissem flutuar, seriam queimadas vivas numa fogueira, pois essa era a prova de que eram bruxas; se se afogassem, estava provado que não se tratava de uma bruxa e considerava-se que a pobre inocente tinha prestado um serviço á igreja. Esta foi a feira de horrores criada pelos mesmos homens que advogavam o amor como fonte de toda a sua religiao. Nos processos da inquisição a denúncia era prova de culpabilidade 80% eram mulheres, incluindo crianças e moças, as quais, acreditava-se, haviam herdado o "mal" de suas mães. Quanto à famosa "caça às bruxas", os tribunais eclesiásticos foram mais indulgentes do que os civis. A Inquisição espanhola condenou à morte 59 "bruxas"; na Itália, 36; e, em Portugal, quatro.
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